Pois, para Jesus a casa de Deus devia ser espaço do amor.
Dessa forma, Jesus nos motiva a zelar por nosso corpo como templo divino.
Liturgia do Dia 22 de Novembro – Sexta-feira
SANTA CECÍLIA VIRGEM E MÁRTIR
Antífona de Entrada
Louvem as virgens o nome do Senhor, porque só ele é excelso; sua glória excede a terra e o céu (Sl 148,12ss).
Oração do dia
Ó Deus, sede favorável às nossas preces pela intercessão de santa Cecília. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Macabeus 4,36-37.52-59)
Leitura do segundo livro dos Macabeus.
Judas e seus irmãos disseram então:
“Eis que nossos inimigos estão aniquilados; subamos agora a purificar e consagrar de novo os lugares santos”.
Reunido todo o exército, subiram à montanha de Sião.
No dia vinte e cinco do nono mês, isto é, do mês de Casleu, do ano cento e quarenta e oito, eles se levantaram muito cedo, e ofereceram um sacrifício legal sobre o novo altar dos holocautos, que haviam construído.
Foi no mesmo dia e na mesma data em que os gentios o haviam profanado, que o altar foi de novo consagrado ao som de cânticos, das harpas, das liras e dos címbalos.
Todo o povo se prostrou com o rosto em terra para adorar e bendizer no céu aquele que os havia conduzido ao triunfo.
Prolongaram por oito dias a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de ações de graças e de louvores.
Adornaram a fachada do templo com coroas de ouro e com pequenos escudos, consagraram as entradas do templo e os quartos, nos quais colocaram portas.
Reinou uma alegria imensa entre o povo e o opróbrio das nações foi afastado.
Foi estabelecido por Judas e seus irmãos, e por toda a assembléia de Israel que os dias da dedicação do altar seriam celebrados cada ano em sua data própria, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, e isto com alegria e regozijo.
Palavra do Senhor.
Pois, sois o Senhor e dominais o universo.
Salmo Responsorial 1Cr 29
Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
Bendito sejais vós, ó Senhor Deus,
Senhor Deus de Israel, o nosso pai,
desde sempre e por toda a eternidade!
A vós pertencem a grandeza e o poder,
toda a glória, esplendor e majestade,
pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra!
A vós, Senhor, também pertence a realeza,
pois sobre a terra, como rei, vos elevais!
Toda glória e riqueza vêm de vós!
Sois o Senhor e dominais o universo,
em vossa mão se encontra a força e o poder,
em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).
Evangelho (Lucas 19,45-48)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os mercadores.
Disse ele: “Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizestes um covil de ladrões”.
Todos os dias ensinava no templo. Os príncipes dos sacerdotes, porém, os escribas e os chefes do povo procuravam tirar-lhe a vida.
Mas não sabiam como realizá-lo, porque todo o povo ficava suspenso de admiração, quando o ouvia falar.
Palavra da Salvação.
Jesus nos ensina a cuidar da casa do Pai
Assim, vemos neste evangelho que Jesus não se conteve, quando se deparou com o estado em que se encontrava o templo de Jerusalém.
Na mentalidade da época, o templo era o lugar escolhido por Deus para habitar no meio de seu povo.
Era assim, o espaço do encontro do Pai com seus filhos. Portanto, lugar da comunhão fraterna, da justiça, do respeito aos pobres e aos fracos, que são os preferidos de Deus.
Este ideal grandioso, porém, chocava-se com a realidade.
Pois, o templo tornara-se um amplo mercado onde se fazia câmbio de dinheiro para facilitar a vida dos peregrinos estrangeiros e se comerciava os diversos tipos de animais usados para o sacrifício.
Sendo assim, toda esta intensa atividade visava a ganância do lucro, dificilmente obtido por motivo de pura caridade.
Assim, a injustiça e a exploração eram praticadas na própria casa de Deus.
Afinal, os pobres e ingênuos peregrinos eram expoliados, sob os olhos do Pai.
Diante disso, a boa-fé do povo transformava-o em joguete nas mãos de pessoas inescrupulosas.
E tudo isso, é claro, com a benévola anuência da classe sacerdotal, que tirava partido da situação.
Neste sentido, a realidade do templo estava em aberta contradição com o ideal de Reino de Deus pregado por Jesus.
Daí explica-se, todo o furor que se apossou de seu coração e o gesto profético de expulsar os profanadores da casa de Deus, que devia ser espaço do amor.
Oração
Senhor Jesus, não permita que eu permaneça insensível, vendo a casa de Deus – o coração humano – ser profanado pela injustiça.