Liturgia Diária

Jesus nos questiona:”Para vocês, quem sou eu?”

As respostas dos apóstolos trazem a marca das tradições messiânicas populares acerca de Jesus.

Assim sendo, a presença de Jesus era sinal do amor de Deus pela humanidade.

Liturgia do Dia 27 de Setembro – Sexta-feira
SÃO VICENTE DE PAULO PRESBÍTERO
Antífona de Entrada
Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a boa-nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18).

Oração do dia
Ó Deus, que, para o socorro dos pobres e formação do clero, enriquecestes o presbítero são Vicente de Paulo com as virtudes apostólicas, fazei-nos, animados pelo mesmo espírito, amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Ageu 1,15-2,9)
Leitura da profecia de Ageu.

Aos vinte e quatro dias do sexto mês.
No segundo ano do reinado de Dario, no vigésimo primeiro dia do sétimo mês, a palavra do Senhor fez-se ouvir por intermédio do profeta Ageu nestes termos:

“Fala ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Salatiel, ao sumo sacerdote Josué, filho de Josedec, e ao resto do povo.
Haverá alguém entre vós que tenha visto esta casa em seu primeiro esplendor?
E em que estado a vedes agora! Tal como está, não parece ela insignificante aos vossos olhos?

Todavia, ó Zorobabel, tem ânimo, diz o Senhor.

Coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote! Coragem todos vós, habitantes da terra, diz o Senhor.
Mãos à obra! Eu estou convosco – oráculo do Senhor dos exércitos.

Segundo o pacto que fiz convosco quando saístes do Egito, meu espírito habitará convosco. Não temais.
Porque isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um pouco de tempo, e abalarei céu e terra, mares e continentes;

sacudirei todas as nações, afluirão riquezas de todos os povos e encherei de minha glória esta casa, diz o Senhor dos exércitos.
A prata e o ouro me pertencem – oráculo do Senhor dos exércitos.
O esplendor desta casa sobrepujará o da primeira – oráculo do Senhor dos exércitos”.
Palavra do Senhor.

Assim, enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia.

Salmo Responsorial 42/43
Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus salvador!

Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me
contra a gente impiedosa;
do homem perverso e mentiroso
libertai-me, ó Senhor!

Sois vós o meu Deus e meu refúgio:
por que me afastais?
Pó que ando tão triste e abatido
pela opressão do inimigo?

Enviai vossa luz, vossa verdade:
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso monte santo,
até a vossa morada!

Então irei aos altares do Senhor,
Deus da minha alegria.
Vosso louvor cantarei ao som da harpa,
meu Senhor e meu Deus!

Pois, veio o filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).

Evangelho (Lucas 9,18-22)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Primordialmente, num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: “Quem dizem que eu sou?”
Dessa forma, responderam-lhe:

“Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas”.                                                                                                                                                                Perguntou-lhes, então: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”.

Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém.

Ele acrescentou: “É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas.
É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia”.
Palavra da Salvação.

Jesus nos questiona:”Para vocês, quem sou eu?”

Primordialmente, num momento de oração, Jesus questiona os discípulos acerca de uma questão fundamental, formulada em duas etapas.

Assim, eis a primeira, a pergunta: – “Quem sou eu, na opinião do povo?”

Esta por sua vez, visa explicitar a maneira como a pessoa de Jesus era considerada por quem o ouvia, era beneficiado por seus milagres e tinha notícias de seus grandes feitos.

Enfim, gente sem muita proximidade com ele.
Assim sendo, as respostas, elencadas pelos apóstolos, trazem a marca das tradições messiânicas populares.
Aí, o Messias é identificado com algum dos profetas do passado, cuja reaparição, na história humana, era sinal da chegada do fim dos tempos.

Na segunda etapa por sua vez, a pergunta consistiu em saber o pensamento dos discípulos: “Para vocês, quem sou eu?”

Diante disso, tendo privado da intimidade de Jesus, deveriam estar em condições de dar uma resposta mais próxima da realidade, condizente com a verdadeira identidade de Jesus.

Dessa forma, é Pedro quem se adianta e responde, em nome do grupo: “Tu és o Cristo de Deus!”
Esta resposta revelou, na verdade, um avanço em relação à mentalidade popular.
Pois, mais que algum personagem do passado, Jesus era o Ungido, enviado por Deus ao mundo.

Assim, a presença de Jesus era sinal do amor de Deus pela humanidade.

Dessa maneira, ainda foi necessário que Jesus acrescentasse algo que os próprios discípulos desconheciam.

Pois, embora sendo o Cristo de Deus, Jesus estava para se defrontar, não com um destino de glória, mas sim, de sofrimento, de morte e de ressurreição.
Afinal, esta era a vontade do Pai!

Oração
Espírito que nos faz conhecer Jesus, dá-me a graça de conhecer a verdadeira identidade do Filho de Deus, purificada de meus preconceitos pessoais.

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