Entretanto, como Natanael muitos ainda não acolhem a Jesus.
Por isso, ao superar a barreira dos preconceitos conseguimos acolher Jesus como Messias e tornarmos seus seguidores.
Liturgia do Dia 24 de Agosto – Sábado
SÃO BARTOLOMEU APÓSTOLO
Antífona de Entrada
Anunciai todos os dias a salvação de Deus, proclamai a sua glória às nações (Sl 95,2s).
Oração do dia
Ó Deus, fortalecei em nós aquela fé que levou são Bartolomeu a seguir de coração o vosso Filho e fazei que, pelas preces do apóstolo, a vossa Igreja se torne sacramento da salvação para todos os povos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 21,9-14)
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
Então veio um dos sete Anjos que tinham as sete taças cheias dos sete últimos flagelos e disse-me:
“Vem, e mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro”.
Levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, revestida da glória de Deus.
Assemelhava-se seu esplendor a uma pedra muito preciosa, tal como o jaspe cristalino.
Tinha grande e alta muralha com doze portas, guardadas por doze anjos. Nas portas estavam gravados os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
Ao oriente havia três portas, ao setentrião três portas, ao sul três portas e ao ocidente três portas.
A muralha da cidade tinha doze fundamentos com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Palavra do Senhor.
O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
Salmo Responsorial 144/145
Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso reino glorioso!
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!
Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.
É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.
Mestre, tu és o filho de Deus, és rei de Israel! (Jo 1,49)
Evangelho (João 1,45-51)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Filipe encontra Natanael e diz-lhe: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José”.
Respondeu-lhe Natanael: “Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré?” Filipe retrucou: “Vem e vê”.
Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: “Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade”.
Natanael pergunta-lhe: “Donde me conheces?” Respondeu Jesus: “Antes que
Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”.
Falou-lhe Natanael: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”.
Jesus replicou-lhe: “Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta”.
E ajuntou: “Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Palavra da Salvação.
Assim, reconheceu-o, ainda, como Rei de Israel, o Messias que reavivaria a esperança no coração do povo.
Primordialmente, na liturgia deste sábado somos motivados a exemplo de São Bartolomeu Apóstolo a cada dia mais aprender acolher Jesus como o verdadeiro Messias.
Por isso, os primeiros discípulos foram obrigados a superar a barreira dos preconceitos para poder acolher Jesus como Messias e se tornar seus seguidores.
Contudo, Natanael não podia aceitar que de Nazaré, cidade mal-afamada, pudesse sair algo de bom, muito menos um Messias.
Pois como sabemos, a pecha de nazaretano desdobrava-se num rosário de outras evocações tomadas como negativas.
Assim, Jesus era pobre, de família sem prestígio, um indivíduo sem expressão moral ou cultural. Enfim, um desclassificado.
Entretanto, pela insistência de Filipe, Natanael se predispôs a ir ver Jesus.
Seu preconceito contrastou com a ideia altamente positiva que Jesus tinha a respeito dele.
Jesus considerava-o um israelita íntegro, sem dolo nem fingimento. Em outras palavras, um indivíduo em cuja palavra se podia inteiramente confiar.
Pois, o próprio Jesus confiou nele e lhe fez uma solene revelação.
Dessa forma, a atitude de Jesus deixou Natanael desarmado, levando-o a abrir mão de seus preconceitos.
Nesse sentido, numa atitude própria de discípulo, Natanael reconheceu Jesus como um Rabi, ou seja, mestre, digno de veneração e respeito.
Reconheceu-o, também, como Filho de Deus, cuja origem superava as possibilidades humanas, fazendo dele mais do que um simples filho de José da Galiléia.
Por isso, reconheceu-o, ainda, como Rei de Israel, o Messias que reavivaria a esperança no coração do povo.
Portanto, de Nazaré também podia sim sair coisa boa.
Oração
Senhor Jesus, eu me ponho diante de ti, sem preconceitos, desejando conhecer-te como o Messias de Deus.
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