Por isso, nesta Solenidade da Glorificação de Maria repensamos o nosso peregrinar neste nosso mundo.
Diante disso, a comunhão com Deus desdobrava-se, na vida de Maria, na sua disponibilidade a servir o próximo.
Liturgia do Dia 18 de Agosto – Domingo
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Antífona de Entrada
Grande sinal apareceu no céu: uma mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (Ap 12,1).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada virgem Maria, mãe do vosso filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 11,19;12,1.3-6.10)
Leitura do livro do Apocalipse.
Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento.
Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva.
Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.
Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas.
Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra.
Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.
Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro.
Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.
A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias.
Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus.
Palavra do Senhor.
Escutai, minha filha, olhai, ouvi, isto.
Salmo Responsorial 44/45
À vossa direita se encontra a rainha
com veste esplendente de ouro de Ofir.
As filhas de reis vêm ao vosso encontro,
e à vossa direita se encontra a rainha
com veste esplendente de ouro de Ofir.
Escutai, minha filha, olhai, ouvi, isto:
“Esquecei vosso povo e a casa paterna!
Que o rei se encante com vossa beleza!
Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
Entre cantos de festa e com grande alegria,
ingressam, então, no palácio real”.
Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos.
Leitura (1 Coríntios 15,20-27)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
Irmãos, Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram!
Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos.
Assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão.
Cada qual, porém, em sua ordem: como primícias, Cristo; em seguida, os que forem de Cristo, na ocasião de sua vinda.
Depois, virá o fim, quando entregar o Reino a Deus, ao Pai, depois de haver destruído todo principado, toda potestade e toda dominação.
Porque é necessário que ele reine, até que ponha todos os inimigos debaixo de seus pés.
O último inimigo a derrotar será a morte, porque Deus sujeitou tudo debaixo dos seus pés.
Mas, quando ele disser que tudo lhe está sujeito, claro é que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.
Palavra do Senhor.
Maria é elevada ao céu, alegram-se os coros dos anjos.
Evangelho (Lucas 1,39-56)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”
E Maria disse: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
porque olhou para sua pobre serva.
Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.
Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.
Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa”.
Palavra da Salvação.
Maria uma mulher de fé e disponível para servir
Neste domingo celebramos a Solenidade da glorificação de Maria.
Nesta festa, vemos que a Assunção de Nossa Senhora leva-nos a repensar todo o seu peregrinar neste nosso mundo, pois se trata de celebrar o desfecho de sua caminhada.
Assim sendo, somos convidados e reconhecer que o fim da existência terrena de Maria consistiu na plenificação de todos os seus anseios de mulher de fé e disponível para servir.
Dessa forma, a expressão “repleta de graça”, dita pelo anjo, encontrou sua expressão consumada na exaltação dela junto de Deus.
Assunção de Nossa Senhora
Pois, a estreita conexão entre a existência terrena de Maria e a sua sorte eterna foi percebida desde cedo pela comunidade cristã, apesar de a Bíblia não contar os detalhes de sua vida e de sua morte.
Ainda assim, a comunidade deu-se conta de que Deus assumiu e transformou toda a sua história, suas ações e seu corpo.
Dessa maneira, o relato evangélico é um pequeno retrato de Maria e consequentemente a centralidade de sua glorificação.
Pois, como sabemos, sua condição de mãe do Messias, o “Senhor” esperado pelo povo, proveio da profunda comunhão com Deus e da disponibilidade total em fazer-se sua servidora.
Por isso, ela expressou sua fé no canto de louvor – o Magnificat –, no qual proclamou as maravilhas do Deus e as grandezas de seus feitos em favor dos fracos e pequeninos.
Diante disso, a comunhão com Deus desdobrava-se, na vida de Maria, na sua disponibilidade a servir o próximo.
Assim, a ajuda prestada à prima Isabel é uma pequena amostra do que era a Mãe de Deus no seu dia-a-dia.
Portanto, assunta ao céu, Maria experimentou, em plenitude, a comunhão vivida na Terra.
Oração
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.