A evangelização e o mundo do trabalho
Hoje depois de mais de dois mil anos da passagem física de Jesus em nosso meio, ainda somos convidados e viver a evangelização.
Assim, a fé dos povos primitivos ganhou corpo no testemunho consistente e cheio de vida na existência de Jesus, mesmo depois de sua morte.
Diante disso, a cada dia mais fomos aos poucos nos apaixonando por Cristo e pela missão de evangelização e continuidade do Reino.
Entretanto, a evangelização sempre foi correlacionada a uma vida de trabalho social para garantia do sustento de cada dia. Bom, até ai tudo bem, pois, afinal, até mesmo Jesus, São José e muitos de seus discípulos trabalhavam e evangelizavam.
Um visível equilíbrio entre a evangelização e o mundo o trabalho
Tal conjuntura se estendeu ao longo das eras humanas e firmou-se assim um visível equilíbrio entre a evangelização e o mundo o trabalho.
Nessa estrutura, era perceptível notar que mesmo trabalhando fora e em casa, muitos ainda dedicavam praticamente mais que 70% de seu tempo livre para missão do Reino de Deus.
Diante disso, mesmo com tal equilíbrio, sentiu-se a necessidade abrir ainda mais as “portas e janelas” para evolução de uma igreja cada vez mais povo e menos clericalismo. Assim se fez, e aconteceu o tão conhecido Concílio Vaticano II.
Sim, sei que muitos podem até dizer que não presenciei tal momento.
Mas tenho plena certeza que minha fé e meu testemunho são frutos de tal evolução.
Assim, vimos à igreja de Cristo florescer desde as Cebs, movimentos estudantis, pastorais da juventude e posteriormente os movimentos renovados em carismas.
Tudo isso foi muito bom, contudo, caminhando na sombra dessa evolução a evangelização passou a perder muitos de seus verdadeiros fieis. Isso porque, o mundo trabalho, do lucro sobre lucro foi ganhando cada vez mais força no coração humano.
Tal situação foi e é muito sentida até hoje na estrutura da nossa missão evangélica de cada dia. Pois, se antes trabalhávamos somente de segunda e sexta-feira, hoje é de domingo a domingo.
O sistema capitalista do mundo e suas correntes opressoras
E o mais interessante, que a cada dia mais o sistema capitalista do mundo do trabalho nos oferece mais e mais correntes opressoras. Por cegueira, quase sempre aceitamos e a evangelização que era talvez segundo plano agora nem sabemos ao certo como quantificar.
Não sei ao certo onde vamos chegar com tamanho desequilíbrio entre a evangelização e mundo do trabalho.
Acredito, pela minha fé em Cristo e em seu testemunho, que a evangelização nos dias de hoje e nos que se seguem irá continuar sim. Entretanto, a cada dia mais vemos que o mundo trabalho tem nos tirado até mesmo o nosso tempo de viver. Ou melhor, nós o entregamos.
Vejo que devemos buscar ainda mais reafirmar a nossa fé
Diante de toda essa conjuntura que percebo, mesmo respeitando as opiniões diferentes, vejo que devemos buscar ainda mais reafirmar a nossa fé. E isso, agora mais que nunca.
Por isso, peçamos a Deus Pai que cada dia mais nos revele o rosto luminoso de Cristo Jesus e que este ilumine e anime a evangelização nossa da cada dia mesmo vivendo no mundo trabalho.