Brumadinho: Vale é condenada a pagar danos por rompimento de barragem
Primordialmente, foi definida a primeira condenação da Vale nos processos envolvendo a tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019.
Como se sabe, quase findando janeiro de 2019 o povo mineiro da cidade de Brumadinho e todo povo brasileiro foram novamente surpreendidos com a terror do capitalismo destrutivo.
Assim, vimos uma das maiores tragédias ambientais, animais e humana da nossa história.
A agonia de praticamente mais 250 mortos sensibilizou todo o mundo acerca desse modelo que propõe uma condição de trabalho e lucro acima do valor da vida.
“Vale”, e sua cultura de lucro acima do valor da vida.
Nesse sentido, depois de quase seis meses a Justiça de Minas Gerais condenou nesta terça-feira (9) a mineradora Vale ao pagamento de todos os danos causados pelo rompimento da barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Imaginamos, é claro, que essa condenação da empresa nos processos envolvendo a tragédia, ocorrida em janeiro de 2019 seja a primeira de muitas.
Dessa forma, a decisão foi proferida pelo juiz Elton Pupo Nogueira, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte.
Na mesma, O valor do dano que deverá ser pago pela Vale não foi fixado.
Segundo o magistrado, as consequências do rompimento da barragem ainda estão sendo avaliadas.
No entanto, o bloqueio cautelar de R$ 11 bilhões da mineradora foi mantido para garantir a indenização.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 247 pessoas morreram e 23 continuam desaparecidas devido ao rompimento da barragem de Brumadinho.
No processo, segundo o TJMG, a Vale disse que está realizando um amplo estudo para avaliar todos os impactos do desastre.
Diante disso, nos alegramos pela condenação, entretanto ainda muito entristece nosso ser saber que nenhum valor financeiro trará nenhuma vida de volta.
E, além disso, ainda vemos muitas famílias de outras cidades mineiras aterrorizadas na preocupação da acontecência de uma nova tragédia que se anuncia.
Bem como também, a triste realidade de muitas crianças que também, por tal conjuntura de medo e de morte não podem retornar para seus estudos.
Fonte: Agência Brasil