Liturgia Diária

Jesus nos convida viver a alegria da sua presença

Por isso, em Jesus a tristeza não ganha muito espaço em nosso viver.

Assim, Jesus nos convida a viver e alegria do evangelho.

Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Gênesis 27,1-5.15-29)

Isaac envelhecera e seus olhos enfraqueceram-se, de modo que não podia ver.
Chamou Esaú, seu filho primogênito, e disse-lhe: “Meu filho!” ” Eis-me aqui!”, respondeu ele.
Isaac disse: “Tu vês, estou velho e não sei quando vou morrer.
Toma as tuas armas, tua aljava e teu arco, vai ao campo e mata-me uma caça.

Prepara-me depois um prato suculento, como sabes que gosto, e traze-mo para que o coma e minha alma te abençoe antes que eu morra.”
(Ora, Rebeca ouviu atentamente enquanto Isaac falava ao seu filho Esaú.)

E Esaú partiu para o campo, a fim de matar e trazer a caça.
Escolheu as mais belas vestes de Esaú, seu filho primogênito, que tinha em casa, e revestiu com elas Jacó, seu filho mais novo.

Cobriu depois suas mãos, assim como a parte lisa do pescoço, com a pele dos cabritos, e pôs-lhe nas mãos o prato suculento e o pão que tinha preparado.

Jacó foi para junto do seu pai e disse-lhe: “Meu pai!” “Eis-me aqui! Quem és, meu filho?”

Jacó respondeu: “Eu sou Esaú, teu primogênito; fiz o que me pediste.
Levanta-te, assenta-te e come de minha caça, a fim de que tua alma me abençoe.”

“Como encontraste caça tão depressa, meu filho?” “É que o Senhor, teu Deus, fez que ela se apresentasse diante de mim.”
“Aproxima-te, então, meu filho, para que eu te apalpe e veja se, de fato, és o meu filho Esaú.”

Jacó aproximou-se de Isaac, seu pai, que o apalpou e disse: “A voz é a voz de Jacó, mas as mãos são as mãos de Esaú.”
E não o reconheceu, porque suas mãos estavam peludas como as do seu irmão Esaú. E abençoou-o.

“Tu és bem o meu filho Esaú?” Disse-lhe ele: “Sim.”
“(Então) serve-me, para que eu coma de tua caça, meu filho, e minha alma te abençoe.” Jacó serviu-lhe e ele comeu; e trouxe-lhe também vinho, do qual ele bebeu.

Então Isaac, seu pai, disse-lhe: “Aproxima-te, meu filho, e beija-me.”
E, aproximando-se Jacó para lhe dar um beijo, Isaac sentiu o perfume de suas vestes, e o abençoou nestes termos.

“Sim. o odor de meu filho é como o odor de um campo que o Senhor abençoou.
Deus te dê o orvalho do céu e a gordura da terra, uma abundância de trigo e de vinho!
Sirvam-te os povos e prostrem-se as nações diante de ti! Sê o senhor dos teus irmãos, e curvem-se diante de ti os filhos de tua mãe! Maldito seja quem te amaldiçoar e bendito quem te abençoar!”
Palavra do Senhor.

Eu bem sei que o Senhor é tão grande

Salmo Responsorial 134/135
Louvai o Senhor, porque é bom!

Louvai o Senhor, bendizei-o;
louvai o Senhor, servos seus,
que celebrais o louvor em seu templo
e habitais junto aos átrios de Deus!

Louvai o Senhor, porque é bom;
cantai ao seu nome suave!
Escolheu para si a Jacó,
preferiu Israel por herança.

Eu bem sei que o Senhor é tão grande,
que é maior do que todos os deuses.
Ele faz tudo quanto lhe agrada,
nas alturas dos céus e na terra,
no oceano e nos fundos abismos.

Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).

Evangelho (Mateus 9,14-17)

Então os discípulos de João, dirigindo-se a ele, perguntaram: “Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?”

Jesus respondeu: “Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles?

Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão.
Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior.

Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem.

Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam”.
Palavra da Salvação.

Jesus nos convida viver a alegria da sua presença

O tempo da existência terrena de Jesus foi entendido como antecipação da alegria que seria experimentada quando o Reino de Deus se manifestasse em plenitude.

Quando não mais houvesse lugar para lágrima ou tristeza e tudo fosse felicidade.

Sendo assim, não tinha sentido seus discípulos se entregarem à penitência e ao jejum, como faziam certos grupos, enquanto tinham consigo Jesus. Não era hora de tristeza!

Não fica bem alguém recusar-se a comer em plena festa de casamento, quando o noivo ainda está presente.

Todavia, o jejum se justificaria quando os discípulos fossem privados da presença física de Jesus.

O jejum, então, teria um sentido diferente do rigorismo ascético da piedade judaica.

E deveria ser pensado a partir do projeto de Reino proclamado por Jesus.

Dessa forma, a prática penitencial não visaria tanto a busca da própria perfeição, num sentido individualista, nem seria uma forma velada de masoquismo.

O jejum teria duplo significado. Ele seria uma forma de proclamar o absoluto de Deus e seu Reino na vida do discípulo, através da vitória sobre os instintos e as paixões desordenadas.

Por outro lado, indicaria estar o discípulo em contínua preparação para o festim definitivo do Reino.

Ninguém se alimenta fartamente antes de ir a uma festa.
Pelo contrário, priva-se de alimentos na perspectiva do que encontrará.
O jejum cristão prepara o discípulo para a festa que o Pai lhe preparou.

Oração
Senhor Jesus, faz-me compreender a prática do jejum como preparação para o encontro definitivo contigo no teu Reino.