Por isso, Jesus nos convida a assumirmos o tremendo desafio de “oferecer a outra face a quem lhes esbofeteasse a face direita”.
Significava pois, que os discípulos de Jesus não temiam quem os perseguia.
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Coríntios 6,1-10)
Na qualidade de colaboradores seus, exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão.
Pois ele diz: “Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação”.
Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.
A ninguém damos qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja criticado.
Mas em todas as coisas nos apresentamos como ministros de Deus, por uma grande constância nas tribulações, nas misérias, nas angústias, nos açoites, nos cárceres, nos tumultos populares, nos trabalhos, nas vigílias, nas privações;
pela pureza, pela ciência, pela longanimidade, pela bondade, pelo
Espírito Santo, por uma caridade sincera,
pela palavra da verdade, pelo poder de Deus; pelas armas da justiça ofensivas e defensivas, através da honra e da desonra, da boa e da má fama.
Tidos por impostores, somos, no entanto, sinceros; por desconhecidos, somos bem conhecidos; por agonizantes, estamos com vida; por condenados e, no entanto, estamos livres da morte.
Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós que tudo possuímos!
Palavra do Senhor.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
Salmo Responsorial 97/98
O Senhor fez conhecer a salvação.
Cantai ao Senhor Seus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
Vossa palavra é uma luz para os meus passos e uma lâmpada luzente em meu caminho (Sl 118,105).
Evangelho (Mateus 5,38-42)
Naquele tempo, disse Jesus: “Tendes ouvido o que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau.
Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra.
Se alguém te citar em justiça para tirar-te a túnica, cede-lhe também a capa.
Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil.
Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te quer pedir emprestado”.
Palavra da Salvação.
Assim, Jesus nos convida a viver o desafio de viver o mandamento do amor.
Nesta segunda-feira, somos convidados por Jesus a assumirmos um tremendo desafio que consistia em “oferecer a outra face a quem lhes esbofeteasse a face direita”.
Assim, como sabemos, receber um tapa no rosto é uma experiência altamente ofensiva em qualquer cultura.
E revidar por sua vez, é uma reação natural.
O discípulo do Reino, porém, é orientado para agir de maneira diferente: jamais responder violência com violência.
Dessa forma, vimos que as primeiras comunidades cristãs viam-se pressionadas pela violência de seus perseguidores.
Quanto mais sem fundamento é a violência, tanto mais perversa e maligna ela é.
Assim sendo, a violência contra os cristãos era deste tipo.
Se pagassem com a mesma moeda a violência sofrida, que moral teriam para proclamar a excelência do mandamento do amor e a urgência da reconciliação?
Se se submetessem passivamente seriam dizimados dentro de pouco tempo.
Se optassem por se dispersar ou por viver na clandestinidade, não poderiam realizar a missão de arautos do Evangelho que tinham recebido.
Nesse sentido, o gesto de oferecer a outra face era uma forma de resistência pacífica à fúria dos perseguidores.
Significava pois, que os discípulos de Jesus não temiam quem os perseguia; que recusavam a se rebaixar ao nível de seus adversários; que buscavam eliminar a violência no seu nascedouro;
E por fim, que davam testemunho de um mundo novo onde a violência não tinha vez.
Este testemunho inusitado por sua vez, poderia até mesmo levar os perseguidores à conversão.
Portanto, eis aqui o nosso desafio enquanto seguidores de Jesus Cristo.
Oração
Pai, não permitas que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz o mal.